


Juliana Rech, Lucas Neto e José
Isaias |
Juliana Rech participa
novamente de programa da Rádio Trianon AM 740
Falando a Lucas Neto em 8 de Outubro
de 2014, no programa "O melhor para a melhor idade", Juliana Rech
aborda os temas afasia, bullying e AVC, entre outros.
O programa tem a produção do jornalista José
Isaias.
Lucas – Quais são os problemas mais comuns
que atingem as pessoas na terceira idade e que precisam do trabalho do
fonoaudiólogo?
Juliana - Os problemas mais comuns são os
AVCs. Cada dia mais as pessoas estão tendo AVCs, infartos também e por
conta disso, mais sequelas. Dependendo de como ocorreu o AVC
(Acidente Vascular Cerebral), se foi hemorrágico a sequela é bem
maior. Nesses casos, a pessoa pode ficar com uma afasia (que é quando
perde a fala), também não consegue escrever dependendo de qual área do
cérebro foi atingida. Então, por exemplo, se foi a área da fala,
essa pessoa não fala, porém compreende tudo o que a gente fala. Ela
vai tentar se comunicar de alguma maneira, com gestos, com sons, mas
não se comunica.
Lucas – Deve ser terrível não?
Juliana – É terrível porque a pessoa fica muito
angustiada, às vezes não consegue escrever e não consegue se
comunicar, então a pessoa entra em depressão, porque ela se sente um
pouco inutilizada, isso antes de começar uma terapia. Quando a pessoa
procura a fono, começa a ter uma resposta e vê que as palavras vão
surgindo e que essa comunicação vai se estabelecendo de uma maneira
simples, porém eficaz. A pessoa vai tendo um ânimo maior, a depressão
vai ficando de lado e ela passa a ter uma vida mais saudável.
Lucas - Quais são as chances de
recuperação. Chega a ser total?
Juliana – Sim, tem alguns casos que sim. É claro
que a fala não fica normal como a gente tem, com uma fluência
perfeita, com agilidade. A fala fica um pouco mais lenta, a pessoa
pensa mais pra falar, mas ela consegue se comunicar sem problema
nenhum.
Lucas – Quais são os problemas que levam à
afasia, além do AVC?
Juliana – Se a pessoa tem um problema
neurológico nas áreas da linguagem oral e escrita, a afasia vai
aparecer de alguma maneira, não importa se foi um AVC ou um
traumatismo craniano ou outro tipo de problema neurológico.
Lucas – Vamos falar um pouco da garotada.
Quais são os problemas da criançada no consultório de Fonoaudiologia.
Juliana – Hoje em dia o que mais aparece
no consultório é criança com atraso no desenvolvimento da linguagem
oral ou até mesmo da escrita. O desenvolvimento da linguagem oral,
quando a criança começa a aprender a falar, vai até os quatro anos de
idade, isso é o desenvolvimento normal. A partir dos cinco anos, se a
criança não consegue desenvolver a letra “R”, tem dificuldade pra se
comunicar, fala “amalelo” em vez de amarelo. É porque ela começou a
ter uma alteração e aí é zoada na escola e sofre o famoso bullying.
Isso, hoje em dia, traz uma trava muito grande. A criança, em casa,
chora por causa das críticas, dizem que ela fala errado, que fala como
um bebê e por isso não quer mais ir à escola. Então é a hora que
procuram a fonoaudiologia. (...) O problema é o que está vindo da
escola, como as crianças estão resolvendo a questão com o próprio
paciente, de que forma eles atingem o paciente. Isso é ruim e
prejudica ainda mais. Às vezes, em casa, os próprios pais tratam a
criança como um bebê, acham bonito falar errado. Já está grandinho mas
é lindo, dizem os pais.
Lucas – Paralisia facial, a recuperação e
os problemas de dicção. Como é a atuação da Fonoaudiologia?
Juliana – É preciso ver primeiro as causas
da paralisia que pode ser até uma agressão. Existem casos de quente e
frio que podem provocar uma paralisia. É preciso ver a causa, ver qual
nervo foi atingido para entrar com uma terapia. Temos que saber em
qual nervo que se tem que atuar, em qual musculatura deve-se atuar, é
preciso ver a linha desse músculo pra não seguir pelo trajeto inverso
do músculo, o que iria prejudicar o paciente. Eu trabalho com
massagens, com movimentação, com exercícios faciais para que a pessoa
tenha uma mobilidade maior e comece a ampliar os movimentos para
reduzir a paralisia.
Lucas – Casos de ATM (disfunção da
articulação têmporomandibular).
Juliana – Aparece muito no consultório. Às
vezes é uma mordida que não está certinha, a oclusão não está
perfeita, mas às vezes é uma pessoa que carrega muita tensão corporal
e a primeira coisa que trava é a boca. Ela não entende por que tem
tanta dor na bochecha, dor de cabeça. Isso causa um problema sério de
ATM e é preciso soltar este músculo. Então tem que se fazer todo tipo
de avaliação pra ver qual é a causa da ATM.
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