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Publicada em 20/11/2003

Estudo prevê Nordeste mais seco e

Amazônia alterada

 

Realizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e aceito para publicação na revista "Geophysical Research Letters", o estudo é uma simulação digital  semelhante a de jogos de computador SimCity e SimWord. No entanto, o grau de complexidade é muito maior.

As previsões não são animadores. O cenário é de um futuro muito seco. Num intervalo de 40 anos, porções da floresta amazônica se transformarão em cerrado e surge um semideserto no miolo da caatinga. Perece boa parte da biodiversidade equatorial brasileira e a escassez de água se agrava ainda mais no sertão nordestino.

Pela primeira vez, nesse gênero de pesquisa, foram encontrados estados de equilíbrio (configurações estáveis de clima e vegetação) para a América do Sul, o que outras simulações só conseguiam obter para a África. E logo dois estados de equilíbrio: um que se assemelha ao quadro de vegetação atual, o que dá uma amostra da confiabilidade dos modelos usados e outro bem mais seco.

Como a Amazônia já perdeu 13% da cobertura original de floresta e a situação só tende a piorar, há motivos para preocupação.

O desmatamento se concentra num arco no sul e no leste da Amazônia, que coincide em parte com a área vulnerável à savanização (substituição da floresta pelo cerrado), indicada no estudo. Além disso, um de seus efeitos e da exploração da madeira é ressecar a floresta, o que a torna ainda mais vulnerável ao fogo.

O temor é que a manutenção dessa tendência de desmatamento possa fazer com que as regiões Norte e Nordeste do Brasil escorreguem de um equilíbrio a outro.

Uma das hipóteses aventadas no estudo para explicar o processo de savanização é que o desmatamento desligue uma espécie de correia de transmissão que leva chuvas do litoral para o interior. Hoje se especula que um elo importante dessa correia seja a evapotranspiração na floresta amazônica, ou seja, a reciclagem da água precipitada das nuvens pelas plantas que devolvem a umidade para a atmosfera.

Para o engenheiro Marcos Daisuke Oyama, autor do estudo, "se o desenvolvimento sustentável e as políticas de conservação não forem capazes de deter a crescente degradação ambiental nessas áreas, as mudanças no uso da terra poderiam, por si só, empurrar o sistema clima-vegetação para esse novo estado alternativo de equilíbrio, mais seco".

 

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