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Publicada em 26/02/2004

CNBB se posiciona contra

a privatização da água

A Igreja Católica manifesta-se abertamente contra a privatização dos serviços de água no Brasil.

"Estamos propondo elementos de mudança e outros que garantam a aplicação da lei. Não podemos cair na tentação da privatização dos recursos hídricos". Assim se manifestou Dom Odilo Pedro Scherer, secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), durante o lançamento da 40ª Campanha da Fraternidade, ontem em Brasília.

Com o tema "Fraternidade e água" e como lema "Água, fonte de vida", a Campanha deste ano pretende alertar o país sobre os problemas decorrentes da poluição e do mau uso das águas. "A CNBB escolheu esse tema porque tem enorme atualidade e também relação com a vida em sociedade. A água é um bem indispensável para todos os seres. É mais do que um recurso econômico, tem valor social, ecológico e, por isso, não deve estar sujeita somente à lógica de mercado", disse o secretário-executivo.

A Igreja propõe a instituição de uma política nacional de captação de água e a criação de uma legislação integrada da gestão do patrimônio hídrico, incluindo medidas de preservação do ambiente. A CNBB, alem da proibição da venda de concessões dos serviços de água para empresas particulares, solicita que os serviços essenciais não paguem o valor da água por metro cúbico.

Reservas - O Brasil possui uma das maiores reservas de água potável do mundo. No entanto, o país registra altos índices de desperdício. De acordo com o relatório da última reunião do Parlamento Latino Americano, realizada em 2003, no México, o Brasil joga fora cerca de 40% da água potável destinada ao consumo humano. A média ideal para a ONU é de 20%. Na América Latina, apenas Argentina e Chile apresentam índices menores.

Do total de água no globo, um quinto está na Bacia Amazônica. Apesar da abundância, há comunidades que não recebem água tratada e nem contam com coleta ou tratamento de esgotos. Em outras regiões, há escassez do recurso natural. De acordo com a ONU, a falta de água atinge dois bilhões de pessoas no mundo. A entidade adverte que, se não forem adotadas medidas para que o consumo seja sustentável, dentro de 25 anos cerca de quatro bilhões de pessoas estarão sem água até mesmo para suas necessidades básicas.

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