Por falta de pagamento, a Casan (Cia. Catarinense de Águas e Saneamento) determinou a suspensão de fornecimento ao Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) de Içara - município ao sul Estado, na região de Criciúma - comprometendo o abastecimento a 48.000 pessoas no dia de ontem.

A companhia estadual alega que o Município não paga as contas desde setembro do ano passado. Os serviços de água e esgoto, que eram prestados pela Casan, foram retomados em 2005 pelo Município, ficando com a empresa estadual as atividades de captação e tratamento.

Por liminar, o Judiciário garantiu ao Samae o restabelecimento imediato do fornecimento. A razão fundamental da polêmica entre Estado e Município está nos preços envolvidos. "Enquanto nós cobramos R$ 1,70 da população pelo metro cúbico de água, a Casan quer que o Município pague R$ 4,49. Não aceitamos", argumenta o diretor do Samae, César Luiz Dagostin. Do outro lado, a Casan alega dívida de R$ 1,3 milhão pelo fornecimento de 700 mil metros cúbicos não pagos.

Samae e Casan agendaram reuniões para a próxima semana, com o objetivo de buscar soluções para a assinatura de contrato entre Estado e Município.

Içara tem cerca de 55.000 habitantes.