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Publicada em 14/03/2007

Ex-governador de Sergipe critica a transposição do Rio São Francisco

O engenheiro civil e ex-governador do Sergipe por três mandados, João Alves Filho, fez severas críticas ao governo Lula sobre a transposição do Rio São Francisco. Em artigo publicado hoje no jornal Folha de São Paulo (página A3) sob o título Volta o Risco da Transposição, Alves diz que os assessores enganam o presidente Lula.

"Os assessores técnicos estariam enganando Lula sobre o projeto ou o próprio presidente estaria iludindo a população do Nordeste", afirma o engenheiro, que contesta o projeto e se manifesta contrário à transposição.

Segundo ele, há soluções mais baratas para o problema. O custo estimado entre R$ 4,5 e R$ 6 bilhões seriam reduzidos a R$ 3,5 bilhões com projeto alternativo que prevê abastecimento direto com os mananciais hoje disponíveis.

Alves afirma ainda que o governo engana quanto ao valor da transposição que teria custo total bem acima do divulgado. "Tanto mais grave é o custo oculto: a distribuição de água, que envolverá custos adicionais inviáveis, estimados em R$ 16 bilhões a R$ 20 bilhões", escreve o ex-governador.

O articulista propõe-se a discutir o assunto. "Para não ser acusado de leviano pelos áulicos palacianos, proponho-me a debater, da mesma forma como fiz várias vezes com o ex-ministro Ciro Gomes, ante os conselheiros da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ou diante do TCU (Tribunal de Contas da União),  as propostas aqui elencadas com qualquer um dos ministros do atual governo".

Apontando as vantagens numéricas do projeto alternativo sobre a transposição pretendida pelo governo, Alves conclui o artigo afirmando que nos dois projetos existe "apenas uma coincidência: a obra ficaria pronta no fim do governo Lula, ano de eleições presidenciais...".

Uma obra do Brasil - Somente empresas brasileiras poderão participar da construção dos canais que levarão águas do São Francisco por dois eixos ao Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba.

Ontem, um aviso discreto publicado no DOU (Diário Oficial da União) formalizou o início do maior negócio do governo Lula. O projeto prevê a construção de mais de 700 km de canais de concreto e está dividido em 14 lotes. Empresas estrangeiras estão excluídas e as nacionais têm até o dia 9 de maio deste ano como prazo para a apresentação de propostas.

Manifestações - Pelo segundo dia seguido, manifestantes andaram por ruas de Brasília e em frente ao Palácio do Planalto. Cerca de 600 ativistas protestaram contra a obra, em caminhada de aproximadamente 4 km, tentando obter audiências com ministros e com o presidente Lula.

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