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Publicada em 03/04/2007

Angra 3 é prioridade do Governo

A construção da usina nuclear Angra 3 é uma das prioridades do Governo Federal, informa o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Machado Rezende.

Falando ao jornal Folha de São Paulo, em entrevista publicada hoje, Rezende foi enfático. A construção de Angra 3 "é uma das prioridades. O anúncio pode acontecer brevemente. Tem de ser esse ano, sem dúvida".

O ministro informou ainda que os equipamentos já comprados, em estoque no momento, estão em manutenção e alguns deles poderão ser substituídos por estarem defasados tecnologicamente. "Os equipamentos que foram comprados para Angra 3, por exemplo, estão estocados, sob manutenção, mas eventualmente será preciso repor alguns deles, porque já existe tecnologia mais moderna".

Sobre o mesmo assunto, Rezende complementou que há entraves burocráticos a serem vencidos antes das obras. "A licitação da obra foi feita há muito tempo também. Vai ser preciso ver se ela ainda está válida", declarou o ministro.

O projeto nuclear - Angra 3 é peça importante do programa nuclear brasileiro. O programa nasceu na Marinha  com sonhos de desenvolver projeto de um submarino nuclear.

A terceira usina integra planos para o país dominar a tecnologia nuclear, dos quais fazem parte a auto-suficiência no enriquecimento de urânio - minério do qual o Brasil detém uma das maiores reservas do mundo e que, em estado bruto, é a base do combustível nuclear.

Os reatores nucleares usados em todo o mundo geram calor através da fissão nuclear, ou seja, a divisão por reação em cadeia dos núcleos dos átomos. O calor gerado aquece um sistema hidráulico, produzindo o vapor que movimenta as turbinas geradoras de eletricidade. É o caso das usinas Angra 1 e Angra 2, no Rio de Janeiro.

A fusão nuclear funciona de uma forma diferente. A geração de calor não se dá pela divisão, mas pela fusão de núcleos atômicos, principalmente, de deutério e trítio. A intensidade de calor gerada é tão intensa quanto na fissão, com a vantagem de não produzir rejeitos radioativos de longa vida. Centrais nucleares de fusão poderão tornar-se elementos importantes no futuro panorama energético internacional.

O reator de Angra 3 será um reator de tipo PWR (Pressurized Water Reactor) - reator a água leve pressurizada, quatro loops, com potência bruta elétrica de 1.350 MW e potência térmica de 3.782 MW, com projeto da Siemens/KWU. O reator de Angra 3 será idêntico ao de Angra 2. Angra 1 é também um reator do tipo PWR, porém de apenas dois loops com potência elétrica bruta de 657 MW, e seu projeto é da Westinghouse.

A pesquisa da fusão nuclear vem sendo desenvolvida no Brasil por diferentes grupos há cerca de trinta anos.

Energia limpa - A utilização da energia nuclear é considerada como a mais limpa das existentes atualmente.

Fontes: Folha de São Paulo, Ministério de Ciência e Tecnologia, Eletronuclear e Wikipédia.

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