Não foram confirmadas as declarações feitas por Andrei Illarionov, assessor do presidente Vladimir Putin, dando conta que a Rússia não ratificaria o Protocolo de Quioto. Ainda existem esperanças de aquele país referendar o tratado e garantir o acordo destinado a combater o efeito estufa.

Anteontem o assessor do presidente Vladimir Putin, Andrei Illarionov, declarou em Moscou que "o Protocolo de Quioto impõe limitações significativas ao crescimento econômico da Rússia. Em sua forma original, esse protocolo não pode ser ratificado."

Ontem o vice-ministro da economia, Mukhamed Tsikhanov, disse que "não há decisões a respeito da ratificação, além do fato de que estamos caminhando na direção da ratificação". A declaração foi feita em entrevista coletiva convocada especialmente para desautorizar o pronunciamento de Illarionov.

"Não posso comentar sobre Illarionov, mas não temos informação alguma no governo sobre o fato de que uma decisão teria sido tomada", disse Tsikhanov. "É o governo que toma a decisão e aí a envia para o Duma (o Parlamento russo)".

União Européia - Treze dos quinze países da União Européia deverão deixar de cumprir o Protocolo de Quioto. A informação foi dada, também nesta semana, por Margot Wallström, Comissária de Ambiente da UE. "A não ser que algo seja feito, a União Européia como um todo, e a maioria de seus estados membros, vão descumprir suas metas de emissões de Quioto", declarou Margot.

O protocolo não pode ser transformado em lei sem as ratificações dos responsáveis por no mínimo 55% das emissões dos países industrializados. Com a saída dos EUA em 2001, a Rússia passou a ser decisiva. Sem ela, a meta não pode ser atingida. O acordo determina que os países industrializados reduzam em 5,2% as emissões de gás carbônico até 2012, em relação aos níveis de 1990.