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Circula nos dias de final zero

Editor

Antônio Linus Rech

O Concorrente

Hoje é  

Jornal on-line de opinião * Ano 1, Nº 5 * São Paulo, 20 de maio de 2004

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Exigências democráticas

Largamente utilizada nos anos de chumbo (64-85), a censura aos meios de comunicação social deixou marcas profundas e difíceis de apagar.

A imprensa em geral está insatisfeita com o presidente Lula porque ele mandou deportar William Larry Rohter Jr., o correspondente do The New York Times que lhe fez calúnias graves. A expulsão do jornalista foi suficiente para que vozes se levantassem de todos os lados da mídia, bradando

chumbo (64-85), a censura aos meios de comunicação social no Brasil deixou marcas profundas e difíceis de apagar. Pelo que sofreu o país naquele pe-ríodo, hoje, em nome da liberdade to-tal de expressão, alguns querem se permitir o direito (direito?) de agredir impunemente a imagem do país, calu -

grada liberdade  de  imprensa autoriza o insulto às instituições nacionais. A Presidência da Repú-blica requer respeito, ainda que seu titular não corresponda por inteiro. É o mínimo que se espera de quem reivindica direitos e liber-dades.

que só em ditaduras se cometem atos dessa natureza. Como se sabe, o correspondente do NYT publicou que Lula exagera na bebida e comprome-te o Governo do Brasil com seus há-bitos etílicos.

A Veja de ontem, 19/5, em defesa corporativista do colega norte-ame-ricano, tenta provar que Lula bebe mesmo. Josias de Souza, na Folha de S. Paulo de domingo, 16/4, ressuscita os antepassados do presidente, que foram amantes do álcool, tentando incutir no leitor que ele tem fortes tendências à bebida, embora não o afirme. Tudo isso depois do episódio já encerrado com a anulação do bani-mento. Alardeiam que estaria de volta a censura.

Largamente utilizada nos anos de

niando seu presidente.

 O NYT é o mesmo jornal que abrigou  até  recentemente em suas colunas o repórter Jayson Blair, conhecido fabricante de notícias tendenciosas. É, portanto, um veículo carente de credibilidade apesar da influência internacional que possui. O periódico perde o respeito ao manter em sua equipe pessoas que não se dão bem com a ética e a verdade.

Por outro lado, Lula nunca agiu com tamanha correção. O país não pode ficar a mercê de interesses interna-cionais, sejam eles econômicos, políticos ou corporativos. A pronta punição ao jornalista Larry Rohter Jr. devolveu um pouco da dignidade perdida ao longo de um governo vagaroso e  inepto. Nem mesmo a sa-

Roseana, Maluf, Serra e o Síndico

Consta que a candidatura de Ro-seana Sarney a presidente em 2002 foi torpedeada por José Serra, antes de acontecer. Neste ano Maluf pode ser impedido de concorrer a prefeito de São Paulo também por ações de Serra, segundo dizem.

 Nos dois casos, o ex-ministro da Saúde teria promovido investigações e colaborado na divulgação de lava-gem e desvio de dinheiro público, prejudicando as candidaturas de am-bos.

Sobre o assunto, declara um pau-listano precavido: “Se eu morar no mesmo condomínio onde vive Serra, jamais serei síndico. Corro o risco de ser ‘ladrão’, antes mesmo de candi-datar-me ao cargo”.

Beleza !

Vestindo saia curta e calçando salto alto, a Sen.

Heloisa Helena surpreendeu o Senado. Mostrou que sabe ter charme e elegância quando quer. Parece que a campanha para presidente começa cedo e  pelo visual.

Barbarismo contemporâneo

O esportista brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira esta em julga-mento na Indonésia pelo tráfico de 13,4 kg de cocaína. A promotoria pediu a pena de morte. Se ele for condenado, a execução será por fuzilamento ou esmagamento da cabeça por um elefante.

É a lei do país!!

Apelidos

Não bastassem os con-gestionamentos, São Paulo tem mais motivos para brigar no trânsito. Com o freqüente desrespeito ao sinal vermelho, estão ocorrendo buzinaços e bate-bocas para assegurar o direito de passar em cruzamentos. Acontece que, mesmo com o vermelho aceso, os espertinhos aproveitam

o fluxo e continuam passando. O motorista prejudicado reclama e, claro, a mãe do invasor é lembrada. Fiscalização da Prefeitura? Nem pensar. Talvez isso seja motivo para um dos novos apelidos da prefeita: “loira de parar o trânsito”. O outro é velho conhecido e se deve aos altos impostos:

Martaxa.

Catarinenses em alta

Um estado desponta na crise, brilhando no esporte. Acompanhando o desempenho econômico de Santa Catarina, seus dois representantes no campeonato brasileiro de futebol são destaque. Na tabela de classificação após a sexta rodada, somente um dos 24 clubes está à frente de Figueirense e Criciúma. Confira os 4 primeiros colocados:

Clas.

Time

PG

J

V

E

D

GP

GC

SG

%

São Paulo

14

6

4

2

0

10

6

4

77%

Figueirense

12

6

4

0

2

8

5

3

66%

Criciúma

11

6

3

2

1

12

10

2

61%

Cruzeiro

11

6

3

2

1

11

9

2

61%

Com pouca tradição e tidos como pequenos, os catarinenses surpreendem e mostram capacidade, ocupando o segundo e o terceiro lugares. O Criciúma tem títulos nacionais, de campeão da Copa do Brasil (1991) e campeão brasileiro da série B (2002). O Figueirense já foi líder em 2004 e sonha alto: Quer o título máximo nos próximos cinco anos. Pelo que tem mostrado, está no caminho certo.

Garoto de Ouro - O nadador Jair Manique Barreto Júnior - 14 anos, de Criciúma-SC, trouxe três medalhas de ouro da Itália. Disputou em Riccione os 12º Jogos da Juventude Italiana, competindo com atletas descendentes italianos de 32 países. Nei Manique, jornalista editor do Idade Mídia, é só alegria: "É meu priminho, medalhinha de ouro".

Pedido de Desculpas

Larry Rohter Jr. pediu desculpas a Lula pela matéria publicada no The New York Times. Já o jornal manteve sua posição arrogante e diz que não se desculpa. Mesmo assim, o Governo Brasileiro suspendeu o banimento que havia imposto ao correspondente internacional. Com o fim pacífico do caso, todos saíram ganhando.

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