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Hoje é     √

           Equipe Aqua :::   Ano 11, Nº 54 : São Paulo, 21 de Janeiro de 2016   √

 

 

Tabela disponível

 

O mundo nuclear, a ética e os acordos entre seus membros

As potências do mundo, os EUA e mais cinco países, acabam de liberar os embargos impostos ao Iran, por ter aquele país cumprido o acordo nuclear assinado em 2015. O Iran se comprometeu a efetivar ações que permitam reduzir o desenvolvimento de armas nucleares em seu território...

 

Polícia paulista "envelopa" manifestantes e revive os tempos da ditadura

Em São Paulo são reprimidas as manifestações de rua contra o aumento das tarifas de transporte público. Na última segunda-feira, a Polícia Militar inovou usando a tática do envelopamento e não deixou os manifestantes ...

 

A "revolução juvenil" como opção

Os poderes constituídos subjugam-se ao capital internacional e as formas atuais de governo dão mostras que não servem para estabelecer e regular o bem comum. São egoístas e privilegiam as minorias possuidoras do dinheiro...

 

Manifestações e truculências

Neste início de 2016, o aumento das passagens de ônibus, trens e metrô trazem de volta à São Paulo as manifestações de rua, agora sem o cunho político das últimas ocorridas ao longo do ano passado. ...

A pessoa não pode sair do teatro sem nada na cabeça

Entrevista com a autora da peça Quem vê cara não vê furacão.

Leci Rech

 

Bernardo e Bianca foi sucesso também no Ruth Escobar.

 

Macaco Zebrado divertiu e educou a garotada.

 

Tem Coelhada no Jantar teve duas temporadas: No Ruth Escobar e no Plínio Marcos.

 

"A pessoa não pode sair do teatro sem nada na cabeça."

 Leci Rech.

 

 

São Paulo, 462

Na próxima segunda-feira (25/01) São Paulo faz aniversário. Completa 462 anos, ou seja, quase a idade do Brasil. Tudo começou no Pátio do Colégio, o coração histórico da maior megalópole das Américas e uma das maiores do mundo, que hoje conta com aproximadamente 12 milhões de habitantes, perdendo apenas para Xangai, com quase 18 milhões de pessoas, e mais outras cinco cidades. Ocupa, portanto, a sétima posição entre as maiores concentrações urbanas.

Difícil imaginar São Paulo com 31.385 habitantes, sua população em 1872. Pois este foi o número registrado na primeira contagem feita das pessoas subordinadas a hábitos e costumes razoavelmente distantes do que temos hoje.

O Pátio do Colégio, onde nasceu São Paulo

O dia 25 de Janeiro será marcado por eventos comemorativos, entre eles a tradicional decisão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a ser realizada no Estádio Pacaembu. Passeios turísticos pelo Centro Velho da cidade, uma promoção gratuita da Prefeitura do Município, também estão previstos. Mas grande parte dos paulistanos foge dela no seu aniversário. Vai às praias ou ao interior do Estado, para esconder-se da cinzenta floresta de concreto em que virou a pequena aldeia dos jesuítas que a fundaram.

A tranquilidade de outrora virou uma correria que provoca doenças, como o stress e a ansiedade geral. O conversar com o vizinho saiu de moda, mais que isso, foi deixado de lado pela absoluta falta de tempo que acomete as pessoas de uma cidade que "não pode parar". Persiste o velho slogan que deveria perder a partícula negativa e passar a definir uma afirmação: "São Paulo deve parar". Mas não para!

Voltando aos idos dos seus 31 mil moradores, imagina-se como seria a mobilidade naquela quase vila. Não havia bicicletas que justificassem pintar as famigeradas ciclovias (famigeradas pela controvérsia que provocam), não havia motores, logo não havia automóveis, ônibus, táxis... Tudo era transportado no lombo do burro ou na garupa do cavalo. Poderia ser um lento pangaré, circulando pelas ruas de chão batido, ou um alazão a levar seu "apressado" cavaleiro a uma aldeia, como Santo Amaro, hoje um bairro da metrópole.

Era esse também o meio de transporte em 1554. Possivelmente o fundador José de Anchieta fez uso dele para visitar os paroquianos da então São Paulo de Piratininga e das aldeias vizinhas. Se usou um pangaré, a velocidade empreendida não passou dos trinta por hora, mas um alazão o teria transportado à Santo Amaro mais rapidamente.

Com o passar dos séculos, aceleramos e ganhamos agilidade. Os tempos mudaram.

Saímos do lombo do burro e do cavalo, ingressamos na era motorizada, ganhamos agilidade. Ainda é possível lembrar de "rachas" irresponsáveis feitos na madrugada recente, como lembramos também - os mais antigos obviamente - de Roberto Carlos entrando "na Rua Augusta a 120 por hora". Isso mesmo, 120 km/h, ainda que figuradamente.

Mas, eram velocidades possíveis em certas avenidas da cidade. São Paulo não podia parar. Tudo era urgente, tudo demandava velocidade e o trânsito em suas ruas era um constante atentado à vida.

Até que o atual prefeito resolveu inovar. Parou São Paulo, ou melhor, disciplinou o trânsito da outrora São Paulo de Piratininga.

Questionam-se os motivos que o levaram a implantar tão ousada decisão. Há quem invoque motivos eleitoreiros, quem fale em possíveis benesses com a enorme mudança das placas de sinalização e instalação de radares na via pública, ou mesmo com a cobrança de multas, enfim, motivos e ilações não faltam. 

Fato é que, a inacreditável imposição de limites ao motorista paulistano, que fazia da música do Rei um veloz incentivo à morte nas ruas e avenidas, foi uma arrojada mudança de comportamentos.

Era inimaginável transitar a trinta por hora em ruas de São Paulo. Não seria possível perder para um alazão. Todavia, ao custo de pesadas multas, apreensão de CNH e chiadeira na mídia, o motorista se convenceu de que é melhor aceitar a vontade do alcaide da vez e andar a passos do lento pangaré.

    

Apesar das possantes máquinas, São Paulo anda a trinta por hora

De fato, hoje São Paulo não permite velocidades acima de 70 km/h nas marginais, que são verdadeiras rodovias com seus 47 km de extensão total, assim como limitou a velocidade máxima a 60 e 50 km/h em vias de escoamento e a 40 e 30 km/h nas ruas dos bairros.

Uma nova realidade se apresenta. Com o controle de velocidade imposto pela Prefeitura, o motorista aprendeu que perde alguns segundos a mais atrás do volante, no entanto, dirige mais tranquilo e seguro. E chega igualmente onde quer.

Há quem veja até mudança maior de comportamentos. O paulistano está menos estressado, mais cordado e, por que não, cordial. Se outro motorista lhe pede a vez, até pode ser atendido e o pedestre tem sido respeitado.

Felizmente, voltamos à velocidade do pangaré. Mudou o trânsito, mudou o paulistano.

Parabéns São Paulo! 

 

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